Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República do Brasil
Repetido em todos os encontros de trabalhadores e trabalhadoras rurais, o lema “se o campo não planta, a cidade não janta” resume com simplicidade, mas muita verdade, a importância da agricultura familiar para o Brasil.
Da força e do suor de famílias inteiras, trabalhando a terra em pequenas áreas rurais país afora, brota o alimento que chega às nossas mesas.
É o feijão, o arroz, o milho, a fruta, a hortaliça, a mandioca e uma diversidade de outros produtos, cultivados de forma sustentável para garantir uma alimentação saudável e de qualidade para todos nós.
A importância da agricultura familiar para a segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro e para a nossa estratégia de combate à fome é inquestionável. Nada menos de 70% dos alimentos que chegam às mesas do povo brasileiro são produzidos nas quase 5 milhões de propriedades da agricultura familiar.
A persistência da fome e da pobreza em um país com tanto potencial para a produção de alimentos é inadmissível. Nosso compromisso sempre foi estabelecer políticas públicas eficazes para transformar essa realidade.

Foi assim que, em 2014, conseguimos retirar o Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas. Ao retornarmos em 2023, enfrentamos novamente esse desafio. Hoje, a erradicação da fome é o compromisso mais urgente do meu governo.
Graças, em grande parte, ao alimento no prato proporcionado pelos agricultores e agricultoras familiares do país, conseguimos, em 2023, tirar 24 milhões e 400 mil pessoas da insegurança alimentar severa.
Com a participação estratégica da agricultura familiar, em programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (PNAE), estamos assegurando o acesso a refeições saudáveis para os mais vulneráveis.
O trabalho que homens, mulheres e jovens fazem no campo é essencial para a manutenção dessas famílias no meio rural e para a geração de trabalho e renda. E é fundamental também para a preservação ambiental.
Afinal, cuidar do planeta por meio de uma produção sustentável é urgente e inadiável para vencermos o desafio da mudança do clima.
A combinação das dimensões econômica, social e ambiental da agricultura familiar ilustra a importância de políticas públicas que estimulem e fortaleçam essa atividade.
É isso que fazemos desde o meu primeiro mandato, com o financiamento da agricultura familiar por meio de programas como o Pronaf. Nosso objetivo é melhorar as condições de trabalho, a renda e a vida de agricultores e agricultoras familiares que atuam em todos os biomas do Brasil.
Infelizmente, as políticas voltadas para a agricultura familiar foram desidratadas entre 2016 e 2022. Mas voltaram a ser prioridade nesse meu terceiro mandato.

O Plano Safra da Agricultura Familiar que anunciamos em 2023 foi recorde. O da safra atual (2024/2025), de R$ 76 bilhões, é ainda maior.
É mais dinheiro e menos juros. São garantias de acesso ao crédito e estímulo à produção orgânica e agroecológica, com atenção especial a jovens e mulheres.
Também criamos facilidades para a aquisição de máquinas e equipamentos de pequeno porte. Estendemos a assistência técnica e a extensão rural, com foco não apenas na ampliação do número de beneficiados, mas também na transição para a agroecologia.
Por fim, imprescindível lembrar a importância da retomada do Programa Nacional da Reforma Agrária como política prioritária do nosso governo.
Ao garantir a distribuição mais justa da terra, democratizamos o acesso à propriedade e promovemos a produtividade, contribuindo para termos ainda mais alimentos saudáveis na mesa no povo brasileiro. Com a criação do Programa Terra da Gente, iremos impulsionar ainda mais essa política.
Ao apoiar a agricultura familiar, nosso governo cumpre o papel de induzir o desenvolvimento do Brasil. Com responsabilidade, respeito, carinho e muito apreço pelo trabalhador e a trabalhadora rural.

